sexta-feira, 15 de junho de 2012



Quase não acho um lápis para esse texto. É, ainda uso lápis e papel nessa era digital: um REGENTE 6B (resquícios da Arquitetura) e o verso de uma receita médica. Mais uma entre tantas tentativas (as vezes frustradas) de poluir menos o planeta. E depois de tanto tempo voltei pra cá, porque nos processos de mudança, da busca por si mesmo e de um lugar no mundo, nem tudo deve ser deixado para trás. E eu sentia falta disso.

Já foram tantos passos
tantas encruzilhadas
tantos laços e nós atados...
Sempre numa busca
de mim, de sentidos,
de versos decassílabos
para sempre acabar nessa dúvida não poética

Até que aos poucos me liberto,
quebro a rima
Me aventuro por palavras mais livres
Nem sempre em êxtase,
nem sempre tristes
Palavras que não podem ser medidas
Pois para mim
talvez a vida esteja na prosa
e não na poesia


Foto por: IsacGoulart-Deviantart

domingo, 5 de setembro de 2010

?




O que fazer?
Aceitar e perseguir?
Esquecer e sequir?
Negar?
O que fazer quando não se pode fazer nada disso?
O que fazer para escapar à angústia do questionamento?

domingo, 4 de julho de 2010

Dúvida




O dia veio e se foi sem muita emoção. Deu-se o luxo de ficar duas horas na cama, tentando ir pra longe com seus pensamentos, mas gritos incessantes a traziam de volta. Levantou-se, foi pro computador e nada de novo. Com uma amiga que provavelmente ainda dormia e outro com o computador quebrado não havia muito que ela pudesse fazer por lá. Olhou algumas bobagens e decidiu ligar o DVD. Keira Knightley a convenceu de que era a melhor Guinevere que ela já tinha visto e depois da lasanha e do telefonema para sua amiga, Coraline a fez sentir um pouco como anos atrás.

Foi novamente para o computador e depois de alguns minutos, nada. Ficou durante algumas horas, lendo fanfics, blogs, baixando músicas e olhando pela trocentésima vez o trailer de Harry Potter.

Consegue falar com um amigo que a chama para sair – só não hoje.

Olhando ao redor, o caos organizado da casa a incomoda, mas ela não sabe por onde começar a arrumação. Até por que a faxineira vem amanhã. Se bem que ela nunca limpa nada direito...

De volta ao computador, vê o novo e-mail do professor, sobre o curso de inverno. Liga para o amigo do computador quebrado para avisar.
“Alô?” “Oi.” “Oi.” “Olha, o prof. mandou um novo e-mail falando do conteúdo da aulas. Você quer saber?” “Quero.” -o conteúdo é informado.- “Você vai?” “Não sei, ainda. Tô sem muita vontade... Acho que sim.” “Olha, avisa lá que eu vou me atrasar um pouco, pois vou ao exército.” “Certo.” “Tá bem. Obrigada. Tchau” “Tchau.”

Depois disso, a ordem dos acontecimentos fica confusa: falou com a amiga, fez uma canja, comeu e tentou assistir Coraline de novo. Mas a Pringles não era muito boa, e só tinha coca zero na geladeira. E termina o dia em dúvida: sem saber se vai ou não ao curso, se fica os dois horários, que roupa vai vestir, se deveria arrumar logo as coisas de amanhã e quais roupas mandará pra lavadeira; se deveria continuar na faculdade ou largar o curso de vez, se deveria terminar de ver o filme ou ir pra cama, se publica ou não este texto, se...

Alguém pode me dar o endereço da certeza?

PS: De Coraline ela tem certeza que gosta.

foto: Doubt Train Trickery, por Moosekleenex (Deviantart)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tédio, tédio, tééééééédio!



Cansaço, tédio, fome, sem saber o que quero comer...

Enfim.

A imagem já fala por si só.

sábado, 3 de abril de 2010




Uma chuva gostosa cai lá fora, quebrando o silêncio daqui de dentro.
Eu me debato, me desespero, corro atrás delas, mas elas fogem de mim. Numa fuga risonha, sádica. Escapam-me quando quase consigo tocá-las. Eu desisto. Sento-me e choro, como Alice sem conseguir passar pela porta. Vejo todos os papéis ao meu redor, riscados, apagados, vazios.
A chuva parou e o silêncio se estabelece mais uma vez. Elas saem de seu esconderijo, lentamente, ainda com um sorriso no rosto. Sorrateiras. Recolhem-me do chão. Não luto, não resisto. Ela fazem de mim o que eu deveria fazer delas: me tomam, moldam, usam. Penetram em minha pele e fazem de mim um mero instrumento. Sob seu domínio, me libertam e após servir meu propósito posso descansar em seus braços e saber que elas não pertecem a mim e sim, eu, a elas.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Feliz aniversário!

Parabéns para mim

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida!

Bem, hoje é meu aniversário e não sei nem o que escrever aqui. rs

Melhor, então, calar.

Obrigada a todos por tudo.

Aranel o Mith

(ou simplesmente, Isabelle)

PS: vale dizer o quanto as estrelas estão bonitas nesta noite de lua cheia, sem nuvens.
Um alerta hoje cedo me foi feito, sobre os lobisomens.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tédio



Não sei onde colocaram minhas cerejas,
o dvd, quebrado,passa os filmes em preto e branco
sou obrigada a ler um livro ruim...
O telefone não toca,
a música não passa,
você não aparece aqui.
Minha única companhia é o tédio. Um veneno que corre, livre e infinito em minhas veias.
Alguém para me tirar daqui?