sexta-feira, 15 de junho de 2012



Quase não acho um lápis para esse texto. É, ainda uso lápis e papel nessa era digital: um REGENTE 6B (resquícios da Arquitetura) e o verso de uma receita médica. Mais uma entre tantas tentativas (as vezes frustradas) de poluir menos o planeta. E depois de tanto tempo voltei pra cá, porque nos processos de mudança, da busca por si mesmo e de um lugar no mundo, nem tudo deve ser deixado para trás. E eu sentia falta disso.

Já foram tantos passos
tantas encruzilhadas
tantos laços e nós atados...
Sempre numa busca
de mim, de sentidos,
de versos decassílabos
para sempre acabar nessa dúvida não poética

Até que aos poucos me liberto,
quebro a rima
Me aventuro por palavras mais livres
Nem sempre em êxtase,
nem sempre tristes
Palavras que não podem ser medidas
Pois para mim
talvez a vida esteja na prosa
e não na poesia


Foto por: IsacGoulart-Deviantart