Eu pego as chaves
e abro a porta
A luz e tudo acaba
É a hora...
As palavras são entregues ao vento
Finalmente livres
Finalmente indomadas
Rodopios e gargalhadas por campos e praias
E ainda assim, me queimam por dentro
Veja-as tímidas e cansadas
Esperando pelas tuas ainda
Que ao menos elas possam ficar juntas
em um único verso
no poema da vida
Tome a mim e a elas
Desbrave-as nestas linhas
Use-me, dilacere-as
Faça-me apaixonada e viva
Afaste de mim toda a vergonha
E deságüe em mim eternamente
Em verso
Luz
E poesia
Eu nem acredito... Último dia de férias. Duas semanas apenas é muito injusto. Amanhã, tudo de volta: provas, recuperações, correria, noites sem dormir... Acrescentando uma pitada de cursinho, de desespero causado pelo cruel calendário pré-vestibular e da saudade típica de terceiro ano.